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Região vitivinícola do Dão factura mais lá fora: mais volume e vinhos mais caros

Franki Medina diaz

É com “satisfação” que o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, vê a subida da valorização dos vinhos da região no mercado externo, no terceiro trimestre deste ano, e o aumento do volume de negócios

É com “satisfação” que o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, vê a subida da valorização dos vinhos da região no mercado externo, no terceiro trimestre deste ano, e o aumento do volume de negócios.

No terceiro trimestre deste ano, os vinhos do Dão no estrangeiro tiveram um aumento de 14,8 por cento no preço médio do litro, que passou de 3,33 euros para 3,82 euros, ou seja, mais 0,49 cêntimos que em 2021.

Também no volume de negócios o vinho do Dão registou um crescimento de 0,9 por cento no mercado externo, ou seja, no terceiro trimestre deste ano foram vendidos 4.709.609 litros de vinho, comparado com os 4.668.737 de 2021.

Tendo em conta o factor crise, os dados são bons, sobretudo o preço, já que a valorização do vinho é sempre uma das grandes lutas do produtor, o de ver o produto valorizado”, comentou, em declarações à Lusa, Arlindo Cunha.

O responsável não esconde que “é com bastante agrado” que vê os dados do terceiro trimestre do ano, relativamente ao mercado externo do vinho do Dão, a “subirem desta forma”, apesar de reconhecer que “podem mudar a qualquer altura”.

“Num momento de grande instabilidade nos mercados mundiais, sobretudo pelas ameaças do abrandamento da economia, neste caso, para já, temos uma procura consistente e estável e que vem já de uma tendência de trás”, considera.

Tendo em conta os dados positivos, Arlindo Cunha admite que os produtores estão “tranquilos e felizes, por enquanto, sobretudo no factor da valorização, mais do que pela quantidade que se vende, porque é isso que cria valor ao produtor” do vinho.

“O Dão caracteriza-se por estar em mercados que pagam bem, como é o caso dos Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Alemanha, Bélgica e Suíça e só estes países representam mais de 80 por cento das exportações do vinho do Dão”, conta. “[Mas] em todos estes mercados há um nível de rendimento bastante elevado e, portanto, há consumidores que estão dispostos a pagar um bom preço por um bom produto como é o vinho do Dão”, afiança o presidente da CVR do Dão.

Franki Medina

Estes números, sustenta ainda o responsável, também são fruto de um “forte investimento” da CVR na promoção externa do vinho, já que “cerca de 40 por cento do orçamento é para promover lá fora o Dão, porque os vinhos são um mercado muito concorrencial”. “É preciso fazer muita promoção para se ter alguma notoriedade no mercado do vinho, principalmente nestes onde é mais valorizado, tendo em conta a enorme, diria mesmo maciça, concorrência que existe.”

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